Caminhos Singelos | Capítulo 8

 

Um senhor, já de idade, se aproximou e Pedro percebera que ele era a resposta.

Francisco – Eu sou quem te dará as respostas para as perguntas que tanto fazes.

Pedro – E quem é você.

Francisco – Eu sou Francisco, um espírito livre.

Pedro – Eu também sou um espírito livre?

Francisco – Você também alcançará este grau evolutivo.

Pedro – Como assim, grau evolutivo?

Francisco – Tudo o que você fizer em vida contará para a evolução do seu espírito.

Pedro – Como assim? Eu não estou… morto?

Francisco – Você retornará a Terra em outros corpos.

Pedro – Quando?

Francisco – Você ainda é apegado a alguém na Terra, por isso Miguel está contigo. Você irá com ele para a Terra, mas no plano espiritual, sem que ninguém o veja.

Pedro – Eu verei Marina novamente?

Francisco – Sim, mas não hoje, não agora.

 

Clarisse não suportava mais olhar na cara da empregada, por isso decidira sair com sua irmã para dar um passeio no calçadão. Enquanto trocavam ideias, o celular tocou.

Clarisse – Carol, é o Thiago, vou ter que atender. [Ela aceitou a chamada] Oi, amor.

Thiago – Amor, eu vou ter que viajar pra Recife agora. O rapaz que ia adoeceu e vou ter que resolver isso por ele.

Clarisse – Ah, eu tava planejando da gente sair Crepara jantar hoje.

Thiago – Mas eu voltarei no inicio da noite, se não houver problemas com a ponte área.

Clarisse – Não vai de carro?

Thiago – Não. Ele tá no lava a jato.

Clarisse – Está bem, boa viagem.

Clarisse desligou o celular e o recolocou na bolsa.

Carolina – O Thiago vai viajar?

Clarisse – Vai a Recife resolver uns assuntos, mas voltará hoje.

Carolina – E o jantarzinho?

Clarisse – Ele retorna no fim da noite.

Carolina – Ah, bem.

No hospital, Creusa esperava, já aliviada, por mais noticias da sua filha.

Enfermeira – Senhora?

Creusa – Olá

Enfermeira – A sua filha já pode receber visitas.

Creusa – Já posso vê-la?

Enfermeira – Sim. Me acompanhe.

Creusa seguiu então a enfermeira por um elevador e em seguida um longo corredor de quartos e parou no de número 304.

Enfermeira – Por aqui.

E ela abriu a porta. Creusa parou ao ver o estado de sua filha cheia de tubos saindo de seu corpo e todos os seus sinais monitorados por equipamentos.

 

No plano celestial, Pedro tinha muitas perguntas para o espírito livre Francisco, porém havia algumas que até ele mesmo se recusava a responder.

Pedro – Por que eu não posso vê-la imediatamente?

Francisco – Ainda não é o momento. Ela nem sequer enfrentou o choque da sua morte.

Pedro – Como não?

Francisco Ela se encontra desacordada desde o acidente.

Pedro – Marina vai morrer?

Francisco – Não. Ainda não chegou a hora dela.

Pedro – E por que ela não está acordada. Eu quero vê-la.

Francisco – Pedro, não aja como uma criança. Precisa entender que não é o momento.

 

Na escola Machado de Assis, Otávio conversava com Maysa.

Maysa – Sua mãe é linda sabia.

Otávio – Brigado.

Maysa – Seu pai também é bonitão.

Otávio – E eu?

A menina corou.

Otávio – Desculpe, eu não devia ter perguntado.

Maysa – Você também é uma gracinha. [E ela deu um beijo na bochecha dele.]

 

Creusa chorava descontroladamente enquanto pegava na mão da filha.

Creusa – Marina, minha filha, você precisa acordar. Tem tanta coisa acontecendo, eu não posso te perder também.

A enfermeira retornou ao quarto.

Enfermeira – Senhora, o horário já acabou.

Creusa – Mas já? Eu preciso ficar mais com ela.

Enfermeira – Os médicos precisam realizar exames importantes.

Creusa – Por favor.

Enfermeira – Sinto muito, senhora.

Creusa saiu relutantemente do quarto e se dirigiu a recepção novamente. Quando a porta do elevador abriu no andar de baixo ela se deparou com sua filha mais velha.

Creusa – Andressa?

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