Confesso que gostei das gêmeas Paranhes. As maldosas Diva (Barbara Borges) e Dóris (Roberta Gualda) não são lá muito divertidas, mas as atrizes encontraram exatamente o tom das personagens e são uma das poucas que conseguem prender a atenção do telespectador nas suas sequências.
Separadas, essas gêmeas não tem graça nenhuma, mas quando tão juntas, conseguem arrancar risos e mais risos. Barbara e Roberta merecem o destaque que suas personagens estão ganhando nesta novela.
Veja uma das trapalhadas dessas duas:
Plínio foi um dos poucos personagens que me chamaram atenção na novela. Além da brilhante performance do Rodrigo Phavanello ao imprimir um tom sedutor a sua voz, ele tem um potencial para divertir muito o público da novela, todavia não está recebendo muito destaque.
Mas a cônjuge dele está. A chata Violeta (Simone Spoladore) chegou a convencer um pouco no começo, mas depois tudo o que ela fazia era muito repetitivo, o que fazia com que suas cenas começassem a se desgastar.
Veja uma cena do Plínio apresentando seu programa na Rádio Ampola.
Bruno Ferrari é um bom ator, já trabalhou em diversas produções da emissora dos bispos e atualmente encara o grande vilão da novela “Balacobaco”. Porém, há um obstáculo muito complicado que ele tem que compreender para se sair bem na trama: que é o emaranhado de personalidades de seu personagem.
Norberto não é simplesmente um filho incompreendido pelo pai que tenta de todas as maneiras chamar a atenção do progenitor. Ele também é o sócio e irmão invejoso que cultiva mágoas por causa de um relacionamento passado. Além de tudo, é dono de um cassino clandestino.
Por que Norberto tem tantas personalidades? Essa é fácil. A intenção da autora foi criar um psicopata, um louco, um ser humano cujo coração é de pedra. Ambicioso. Arrogante. Violento. Noberto é uma cópia mal reproduzida do autêntico Leo de “Insensato Coração”, mais ainda uma diferença entre os dois: Leo era experto. Norberto é facilmente enganado por sua noiva e a sogra.
Salve, Solange Couto. A melhor atriz no elenco do folhetim. Vivendo a Cremilda, uma charlatã que vive de golpes, Solange é a única que realmente vive o personagem intensamente. E digo mais, se há alguém no cast da Record que eu colocaria para viver a “Dona Xepa” seria ela, porém, como já é a Cremi de Balaco essa hipótese não pode existir.
Ela já começa a novela se fingindo de cega com o Zé Maria para ganhar uma grana fácil, uma sequência plausível, que não recorre à violência e à nudez exibida na cena de abertura com o Bruno Ferrari e a Bárbara Borges seminus. Mas a cena que realmente me convenceu que ela era a melhor, foi quando Solange deu vida à madame Castrupe. Veja esta cena:
Momento final da coluna, chegou a hora de atribuir notas à novela. As notas vão de 1 à 5 estrelas. Sendo: NENHUMA ESTRELA (PÉSSIMO), 1 ESTRELA (RUIM), 2 ESTRELAS (FRACO), 3 ESTRELAS (POTENCIALMENTE BOA), 4 ESTRELAS (BOA), 5 ESTRELAS (EXCELENTE). Vamos que vamos.
ELENCO:
EFEITOS:
FOTOGRAFIA:
SONOPLASTIA:
ROTEIRO:
CONTINUIDADE:
CLASSIFICAÇÃO:
NOTA GERAL:
Para encerrar, vamos assistir a cena do acidente de Isabel, que foi muito bem elaborada.