CLUB DRAMATURGIA #05: TOP 5 – Helenas de Maneco (BLOCO B) [SEASON FINALE]

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Lilian

Lílian Lemmertz foi a primeira das Helenas e, coincidentemente, ela abre o nosso pódio das TRÊS MELHORES HELENAS. Helena Seixas Miranda podia ser definida como uma mulher pobre, humilde, simples, guerreira e apaixonada.

Helena era uma moça pobre em Porto Alegre quando conheceu Joaquim (Raul Cortez) e viveu uma paixão tórrida e quente. A mocinha se entrega de corpo e alma ao romance e engravida, mas seu amado já estava noivo e não queria de nenhuma forma se desfazer do casamento.

No meio de tudo isso, Helena descobre que está grávida de gêmeos e não vê possibilidade de criar os dois, a não ser que passe fome junto com os filhos. A única saída é entregar um deles ao pai e os irmãos crescem separados.

A atuação de Lílian é realmente brilhante neste folhetim. A personagem é muito complexa e não foi à toa que a primeira escalada para o papel foi Fernanda Montenegro, considerada até hoje a atriz mais talentosa do Brasil, mas por determinação da direção e com um empurrãozinho do destino ela foi parar no colo da mãe de Julia Lemmertz.

Esta personagem ainda está guardada no coração de muitos brasileiros que jamais conseguiram esquecer o brilho de Lílian.

Pra você, que é jovem como eu, e não teve oportunidade de assistir ao folhetim, aí vai uma cena – com imagem péssima -, mas que mostra perfeitamente a densidade dramática que ela tinha:

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A prata deste pódio vai para Regina Duarte e sua mãezona de Por Amor. A novela que encantou e ainda encanta a todos marca presença com certeza no TOP 5. Para quem ainda não conhece a história de Helena Viana, eu vou explicar.

Helena (Regina Duarte) e sua filha Maria Eduarda (Débora Duarte) cultivam uma verdadeira relação de amizade e decidem viajar para Veneza, na Itália, para a despedida de solteira de Eduarda que em breve se casará com Marcelo (Fábio Assunção). Na cidade do amor, Helena conhece Atílio (Antonio Fagundes) e vive uma paixão devastadora. Ele vai para o Brasil, se divorcia de sua esposa e casa-se com Helena.

Por uma ironia do destino, ou não, mãe e filha engravidam na mesma época e chegam a dar a luz no mesmo dia, hora e hospital. Porém as duas não têm a mesma sorte: embora Helena tenha tido uma gravidez difícil devido a idade, Eduarda tem uma complicação e além de ter o filho nascido morto tem que retirar o útero por causa de uma série de hemorragias e, desta forma, não poderá mais engravidar.

Helena, comovida com sua filha que já é bem mimada, implora para Cézar (Marcelo Serrado), um médico amigo da família, que os bebês sejam trocados e esse sacrifício é feito por amor.

Uma mãe dessas merece realmente um primeiro lugar não é mesmo? Eu não coloquei por que acho que ela foi egoísta com Atílio que queria esse filho tanto quanto ela e por isso eu a deixo no segundo lugar.

Reveja ou veja a cena da troca de bebês (créditos no vídeo):

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Quem leva o troféu de Melhor Helena de Manoel Carlos no Club Dramaturgia desta terça é Vera Fischer, com a Helena que, em minha opinião teve mais garra, uma mulher que abriu mão não apenas de um filho como a Helena de Por Amor, mas te toda uma vida que tinha pela frente para a salvação de sua filha.

Logo no primeiro capítulo nossa heroína é atropelada por Edu (Reynaldo Gianecchini) e acaba tendo um antipatia inicial que, ao longo da trama, se transforma em uma paixão que sofrerá inúmeros preconceitos, a final, ele é 20 anos mais novo que ela.

Logo em seguida, Camila (Carolina Dieckmann), filha mais nova de Helena, conhece Edu e cria um laço de amizade com ele. Tempos depois, não apenas Camila, mas também Eduardo descobre que estão apaixonados e um drama de filha que “rouba” o namorado da mãe se desenvolve. Todavia, Helena, como mãe leoa que é, logo se afasta de seu namorado para que sua filha viva esse romance.

Miguel (Tony Ramos), que desde o primeiro olhar já sentia atração por Helena, resolve se aproximar da loira e os dois começam a ter um envolvimento. É no meio desse relacionamento que Camila descobre que tem leucemia. Para salvar sua filha, Helena rompe com Miguel e vai à procura de Pedro (José Meyer), pai de Camila que ela ainda não conhecia, e explica toda a situação para ele, propondo que os dois se envolvessem novamente para que ela pudesse engravidar e doar as células tronco do cordão umbilical do filho para Camila.

Acho que você já percebeu por que a Helena de Vera Fisher mereceu o primeiro lugar não é mesmo? Ela poderia ter sido muito feliz com Edu ou com Miguel, mas abdicou de tudo para salvar a sua filha. Um verdadeiro sacrifício POR AMOR!

E como protagonista que se preze sabe dar uma boa surra, veja a que nossa heroína deu em Íris (Deboráh Secco), uma ninfeta que vivia a atormentar Camila.

Para encerrar esta coluna com menção honrosa, selecionei uma cena de Regina Duarte em “Páginas da Vida”, uma Helena realmente cativante, que enfrentava a barra de se separar do marido, mas, por caridade, adotou uma criança portadora de síndrome de down. A mãe da criança faleceu no parto e a avó dela não quis assumi-la, desta forma, Helena a adotou e lutou pelos diretos dela durante toda a trama.

COMUNICADO DO COLUNISTA

Bom… gente, só queria dizer que foi mundo estar com vocês nesta últimas semanas, mas, infelizmente, o Club Dramaturgia é uma coluna por temporadas, ou seja, não posso ficar aqui todas as semanas revivendo cenas, novelas e personagens marcantes, mas já apresentei um novo formato do Club Dramaturgia para a direção, que foi aprovado, e, a partir do próximo mês, eu estarei novamente às terças, neste mesmo horário, ao lado de Leonardo Gabriel (que também me ajudou no Club Dramaturgia Retrô) e na sua companhia, é claro.

Tudo o que posso adiantar sobre esse novo formato é que não terá essa influência das matérias especiais, mas sim algo mais jornalístico, apresentando notícias sobre as novelas, revelando spoilers, citando audiências e conversando sobre os bastidores. Enfim, espero ter esta mesma recepção na próxima coluna e até fevereiro!

@jpaulo_as

CLUB DRAMATURGIA #05: TOP 5 – Helenas de Maneco (SEASON FINALE)

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OLÁ, leitor do Club Dramaturgia que ainda não me conhece. Meu twitter é @jpaulo_as e chegou sua chance de conhecer esse cara simpático, talentoso e lindo que sou – sqn. Bem, vamos começar a falar sobre o tema da edição de hoje que teria de ser muito especial, uma vez que essa é a última da temporada (me iluda com sua cara de tristeza, please). Decidi fazer um TOP 5, coisa que já andava querendo há um tempo, mas ficou a pergunta na minha cabeça: “de quê?”. A resposta só me veio à mente quando li uma notícia de que o ciclo de Helenas de Manoel Carlos está chegando ao fim e eu pensei “nada melhor do que lembrar as cinco melhores, não é mesmo?”. E deu no que deu, estou começando oficialmente o Club Dramaturgia “TOP 5 – Helenas de Manoel Carlos”.

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Ninguém melhor para abrir o nosso Top 5 do que Christiane Torloni (foto) não é mesmo? Em 2003 ela ganhou um presente de Manoel Carlos chamado Helena Moraes Ribeiro Alves. Sua Helena foi a única que pensava mais em si do que na família. Enquanto as outras faziam sacrifícios e loucuras por seus filhos, Helena Moraes refletia se era realmente feliz com sua vida: casada com o músico Téo e mãe adotiva do pequeno Lucas.

As reflexões dela se tornam mais presentes quando ela encontra um grande amor da juventude, César, com quem viveu um romance 15 anos antes. Ela luta contra a atração dos dois, mas é algo inevitável e eles acabam se juntando.

Christiane Torloni então abre o nosso pódio na quinta colocação com sua brilhante Helena, uma mulher comedida, atraente e responsável que esteve entre o dilema amor x família a maior parte da trama, encontrando o equilíbrio apenas no meio do folhetim.

Assista a um vídeo da atuação de Christiane como Helena logo à baixo:

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Maitê Proença interpreta Helena, natural da fictícia Vila Feliz (MG), e é durante um jogo da copa do mundo que ela conhece o homem da sua vida, Álvaro (Tony Ramos), e eles acabam vivendo um intenso romance. Todavia, ela acaba se casando com Mário (Herson Capri), mas o casamento se revela um completo fiasco e a separação se torna inevitável.

O destino decide dar uma segunda chance à Helena e Álvaro e eles têm um breve reencontro que acaba gerando um fruto: a pequena Bia. Porém, Álvaro era casado coma rica e problemática Débora (Viviane Pasmater) e Helena, com medo de contar para os pais conservadores que está grávida de um homem comprometido, parte para o Rio de Janeiro.

Na base do trigésimo capítulo, oito anos se passam e Helena, já com a filha um pouco crescida, vai trabalhar na casa de Cândica (Laura Cardoso) e lá acaba descobrindo que ela é mãe de Álvaro, que ele ainda está casado e tem um filho, o pequeno Alvinho. Nossa heroína tenta de todas as formas evitar um laço com o personagem de Tony Ramos, porém ele já está feito e se chama Bia. Eles só começam a se aproximar de verdade com a amizade crescente entre seus filhos.

Mas se pensam que essa união será fácil, eles estão muito enganados: Débora se mostra uma esposa psicopata e obsecada pelo marido. Os últimos capítulos da trama são marcados por sequências emocionantes em que Helena revela que Bia é filha de Álvaro, Débora tenta matá-la, mas acaba sofrendo um acidente e ficando sem o movimento das pernas e os mocinhos têm um final feliz.

Veja a cena agora onde Helena está sendo violentada por um admirador de Vila Feliz, mas é felizmente salva por Chico Treva.

Agora vamos para a nossa tradicional troca de bloco e fique atento, pois, se seu relógio estiver marcando que são mais de 20h20 de 22 de janeiro de 2013, quer dizer que o segundo bloco já saiu, é só acessar esse link —–> https://clubdatelevisao.wordpress.com/category/club-tv-2/colunas/club-dramaturgia/ To te esperando lá!